Inicio a minha participação neste espaço com um post sobre algo que espero não se venha a concretizar. O "algo" é o nome que penso ter sido escolhido para designar as nossas novas instalações: "Colégio Mateus de Aranda".
Não tenho nada contra o "Mateus", pelo contrário. Ele foi muito importante na história da música portuguesa, como compositor, como pedagogo (?) e como teórico (lembre-se os dois tratados: de canto llano e de canto mensurable). Contudo, sendo ele espanhol e tendo, quanto se sabe, ocupado apenas o lugar de mestre de capela do Cardeal D. Afonso, e tendo ainda ido para Coimbra porque lhe pagavam mais, não vejo por isso justificação para lhe dar o nome ao edifício. Não estou a ser nacionalista e/ou bairrista, é somente uma questão de justiça.
Como não costumo somente criticar, proponho uma alternativa: Manuel Mendes. Mestre de capela, grande compositor e professor dos melhores polifonistas portugueses dos sécs. XVI e XVII, seria pois um nome de peso.
Façam os vossos juízos. Podem consultar dois artigos sobre Mateus d'Aranda e Manuel Mendes, do pouco que se conhece deles.
Não tenho nada contra o "Mateus", pelo contrário. Ele foi muito importante na história da música portuguesa, como compositor, como pedagogo (?) e como teórico (lembre-se os dois tratados: de canto llano e de canto mensurable). Contudo, sendo ele espanhol e tendo, quanto se sabe, ocupado apenas o lugar de mestre de capela do Cardeal D. Afonso, e tendo ainda ido para Coimbra porque lhe pagavam mais, não vejo por isso justificação para lhe dar o nome ao edifício. Não estou a ser nacionalista e/ou bairrista, é somente uma questão de justiça.
Como não costumo somente criticar, proponho uma alternativa: Manuel Mendes. Mestre de capela, grande compositor e professor dos melhores polifonistas portugueses dos sécs. XVI e XVII, seria pois um nome de peso.
Façam os vossos juízos. Podem consultar dois artigos sobre Mateus d'Aranda e Manuel Mendes, do pouco que se conhece deles.
Não sei de quem terá sido a infeliz ideia de dar um nome espanhol, mas creio que habilita-se a ser confrontado com alguém a lhe querer por um "post it" carimbado de "ridículo".
ResponderEliminarCom tantos compositores portugueses, alentejanos, e mais que tudo meus senhores, alunos e professores da Escola de Música da Sé de Évora, e vão dar um nome de um espanhol? Por mais que o seu contributo tenha sido importante, não deve ter sobressaído do contributo dado pelos nacionais, seja à escola, seja ao país.
Tenham tacto e pensem bem antes de asneirar grossamente.
A minha opinião vai para Filipe de Magalhães ou Duarte Lobo, ambos no período dourado da escola e ambos portugueses.
Concordo César. Creio que o nome ainda não seja oficial. Continuo inclidado para Manuel Mendes, que foi mestre do "trio de pontas-de-lança" da polifonia portuguesa do séc. XVII: Duarte Lobo, fr. Manuel Cardoso e Filipe de Magalhães (entre outros).
ResponderEliminarE se eu te disser que recebi um e-mail da Universidade no meu e-mail da universidade com o seguinte texto:
ResponderEliminar"Caros amigos,
venho convidar-vos para um encontro com o António Pedro Lopes, hoje, dia
16 de Abril, no Colégio Mateus de Aranda, pelas 17h, na sala 0, para uma
conversa sobre saídas profissionais, internacionalização e práticas
artísticas contemporâneas nas artes performativas, tendo por base o seu
percurso. (...)"
Tomaste bem atenção? COLÉGIO MATEUS DE ARANDA.
Como aluna desta universidade e Eborense recuso-me a aceitar que os grandes polifonistas da Escola da Sé de Évora sejam ultrapassados por um espanhol que apesar do seu grande contributo à escola, continua a ser um estrangeiro.
Estou indignada. Parece que o nome já é oficial!
Fazemos um protesto???
Ana Caeiro
Pois já é oficial. Soube-o hoje. Sinceramente nem sei o que dizer... Mas soube por fonte oficiosa que a decisão veio da mais alta instância.
ResponderEliminarA mais alta instância é o reitor.
ResponderEliminarCreio meus amigos, que nada a fazer.
Um abaixo-assinado seria uma perca de tempo num regime como este.