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domingo, 19 de abril de 2009

Em mudança

Este assunto provavelmente não seria para expor neste espaço, e peço desculpa pelo tom crítico que vou usar aqui, mas não posso deixar de mostrar a minha indignação pelo nome do colégio ser Mateus de Aranda. Não posso deixar de usar um vocabulário rude quando me pergunto quem terá sido o saloio que teve tal ideia. Com compositores da Escola de Música da Sé de Évora portugueses, compositores e músicos eruditos alentejanos e eborenses, e escolheram um tratadista espanhol para homenagear. Não desacordo com a importância da sua obra, mas creio que como tem sido habitual nos colégios da U. Évora dar o nomes de pesronalidades portuguesas, de preferência alentejanas e que tenham história na cidade de Évora, não compreendo a razão de tal escolha.

Para mais me indigno pelo facto de os alunos não terem voto na matéria. Lá está, sempre aprendi que a escola era do alunos e para os alunos. Pelos vistos a administração desta universidade acha, com alguma prepotência, entendo eu, que faz as coisas a seu bem prazer sem uma democratização do sistema onde TODOS têm direito a intervir no sentido de fazer desta escola UM EXEMPLO DE EXCELÊNCIA.

Que em Portugal não temos democracia, já é assumido por muitos faz algum tempo, agora que se venha desvalorizar o que temos de bom no país, é que é inadmissível.

Pergunto aos leitores do blog sobre possíveis reevindicações nesta e noutras matérias. Estamos num departamento passivo, sem acção, sem intervenção e sem razão para o ser. Para garantir direitos é preciso obrigar a deveres e desta maneira (copos, charros, suecas, palhaçadas e afins) não vamos lá. Com esta conversa, apelo a que os alunos conversem, opinem e contribuam para termos um espaço digno para todos. A não se confirmar, esperem sentados por melhoras no departamento... e não se esqueçam de levar um lanchinho para quando tiverem fome.

1 comentário:

  1. Sempre ouvi dizer que os músicos portugueses eram passivos, desinteressados e incapazes de fazer alguma coisa para melhorar as suas condições de trabalho. Penso que nos cabe a nós "bater o pé" e provar que nem todos são assim.
    Se pagamos uma fortuna de propinas é para termos as condições mínimas indispensáveis aos nossos estudos e, já não falando do assunto da biblioteca, as novas instalações ainda têm algumas coisas a melhorar. Quanto ao nome do departamento, penso que teria feito todo o sentido terem pedido a opinião aos alunos: afinal somos o futuro da música em Portugal. :)
    Penso que cabe a nós, alunos, bater o pé e afirmar as nossas convicções pois está mais do que provado que se não reclamarmos, nada mudará, e se antes os alunos do departamento não se importavam com estes assuntos, ou apenas tinham preguiça de se preocupar, as coisas podem muito bem mudar, temos é que fazer por isso.

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